É domingo, dia de passear com a família.
Ao sairem de casa as quatro crianças pularam o mendigo que dormia bem na porta que dá direto para a rua.
A mãe olhava enquanto fechava a porta.
Ela não quis incomodar.
Vivendo sob sol e chuva, com ou sem lugar para morar, vagam pela cidade corpos humanos que, por incrível que pareça, vivem.
É domingo, dia de passear com a família.
Ao sairem de casa as quatro crianças pularam o mendigo que dormia bem na porta que dá direto para a rua.
A mãe olhava enquanto fechava a porta.
Ela não quis incomodar.
Filmavam no beco sem saída, a locação ideal para a narrativa.
Do outro lado, os moradores do beco, que dormiam sobre o lixo, se aproximaram para conhecer a "televisão".
- Não é reportagem, é curta pra faculdade.
Ao fim da noite todos tomaram seus rumos: os alunos iam para os carros e os moradores iam para outras regiões da cidade.
Ao fundo, um morador ainda dormia. Morrera de overdose durante a noite, sem ninguém perceber.
São poucos os que fogem do tédio.
- Vamos descer por aqui que é mais fácil, tem uma passarela que dá direto na rua de baixo, sem ter que desviar. Só tem um casal que mora alí, eles estão lá quase todo dia, mas é de boa. Eu nunca senti nenhum cheiro.
Quase no fim da passarela que dá pra rua de baixo, ao lado do muro da escoa particular primária estão algumas caixas com roupas, algumas garrafas de plástico e embalagens vazias de produtos de limpeza.
Por trás das caixas, bem no meio da passarela está o casal deixado em um "colchão" de espuma marrom e cobertos por um pelego cinza.
Passamos bem ao lado de sua cama.
Eles nem se importaram com a nossa presença e continuaram conversando.
Copyright © 2010 Sob sol e chuva
Blogger Templates by Splashy Templates