quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sentado na calçada, debaixo da árvore, ele mastigava alguma coisa grande.
Toda a atenção foi voltada para o que mastigava.
Seus olhos estavam abertos, fixos e secos, como a pele dos seus pés.

Outra vez

De uma pequena vila ao lado do Minhocão saiu todo vestido de preto e um chapéu.
De tão grande, pouco importa seu nome, importa o que ele faz. Ninguém quis perguntar.
De frente à sua casa uma mulher loira de calças jeans anda de um lado para o outro entrando e saido pela porta e carregando suas chaves na mão.
De dentro de outra casa da vila uma velha abre a janela e volta para dentro.
De longe um garoto grita: "Pode ir deixando tudo aí! Não vai tirar nada não!"
Devagar o homem de preto passa ao nosso lado: "Estão despejando esses aí"

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Marmitas dentro de um saco plástico.
Cada um leva a sua.
Cada vida que não será.